Edição Extra

O ano é como uma roda com 365 raios: continua a rodar sempre: terminada uma volta, começa outra e depois outra e assim continua sem parar. A nossa vida é composta de 20, de 50, de 70 dessas voltas, de quantas o bom Deus nos conceda passar neste mundo.

Os raios de uma roda estão unidos, no centro, a um eixo. Pensei, então, que esse eixo seja formado por uma grande luz que irradia o seu esplendor para todos os pontos da roda.

Eis, portanto: a luz é Cristo que ilumina todos os dias do ano com a sua mensagem, com a sua palavra, com a sua vida.

Será, porém, suficiente receber essa luz somente uma vez? Sabemos que não é possível conhecer uma pessoa num único encontro de poucos minutos. Para que um rapaz e uma jovem se sintam enamorados não é suficiente que se tenham encontrado uma única vez por ocasião de uma festa...; é necessário repetir os encontros para que cada um possa conhecer o coração do outro, para poder avaliar se conseguirão viver juntos; somente após um determinado tempo terão condições de tomar a decisão de constituir uma família. Da mesma forma a pessoa de Cristo não pode ser apresentada num único dia, com poucas palavras.

Se, no decurso de um ano, chovesse uma única vez, por acaso as nossas lavouras produziriam alguma coisa? Não, com certeza.

Para poder colher muitas mangas, muito milho, muito feijão, muito maracujá é preciso que haja sol e que chuva muitas vezes, com regularidade.

A Igreja, que é nossa mãe, quer que todos os instantes da nossa vida sejamos iluminados pela luz do Mestre. Quer que entendamos sempre mais profundamente os seus ensinamentos: deste modo a nossa vida inteira será transformada e se identificará com o Evangelho.

Para atingir esse objetivo o ano foi dividido em partes, denominadas tempo litúrgico, cada um dos quais existe em função de uma grande festividade.

Poderíamos dizer, portanto, que o ano é como uma roda de festas que nos apresentam todos os aspectos fundamentais da pessoa e da vida de Jesus.

Aqueles que participam de uma forma dinâmica da vida da comunidade e nunca faltam à catequese dominical ao fim do ano conseguirão ter um conhecimento muito mais profundo da pessoa de Jesus; e deste modo também a vida da família, da comunidade e a própria sociedade cível será influenciada de uma forma marcante e aos poucos será transformada.


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