Hélio Paschoal nasceu em Vargem Grande do Sul - SP aos 26 de abril de 1927. Viveu, contudo, em Casa Branca - SP, de onde entrou como o aspirante em Rio Claro - SP aos 22 de dezembro de 1938. Fez a primeira profissão em Ribeirão Preto - SP aos 27 de maio de 1946. Foi ordenado sacerdote em Ribeirão Preto - SP aos 15 de agosto de 1951. Recebeu a sagração episcopal em Barretos, tornando-se bispo de Livramento de Nossa Senhora - BA aos 25 de junho de 1967. Renunciou ao exercício do episcopado aos 21 de janeiro de 2004.  Exerceu o ministério sacerdotal em São Caetano do Sul - SP, Ribeirão Preto - SP, Brasília - DF e Barretos - SP. Dom Hélio foi sempre brilhante nos estudos, bom colega, sempre tranqüilo e participativo, seja nos trabalhos como nos momentos de lazer. Foi sempre muito cuidadoso com a saúde, embora tenha sofrido doenças várias durante a vida. Em Ribeirão como professor, muito colaborou na formação dos novos membros de sua Congregação, lecionando várias disciplinas para os cursos ginasial e colegial, teologia dogmática e direito canônico para os estudantes professos. Foi ainda prefeito de estudos e superior do seminário. Todos os sábados viajava para ajudar os párocos necessitados. Tornou-se benquisto pelas suas pregações e bom tratamento com o povo. Como pároco ganhou a simpatia de todos pela sua bondade, cordialidade e largueza de visão.  Letrado e inteligente gostava sempre da companhia de pessoas também cultas e preparadas, porém possuía a capacidade de adaptação aos lugares onde exerceu seu ministério. Exemplo disso foi o desempenho na Diocese de Livramento de Nossa Senhora, em pleno sertão baiano. Foi estimado tanto pelos simples, como pelos mais preparados intelectualmente, pelos pobres e pela classe mais elevada.  Amava muito a Congregação e procurava sempre manter contínuo contacto com os confrades antes e depois do episcopado. Sempre disposto à conversa descontraída e alegre, tinha uma gargalhada pronta a qualquer momento. Nas férias em nossas casas, dizia: Aqui sou confrade, lá sou o "bispo".  Ao renunciar em 2004, passou a residir no Santuário Nossa Senhora do Desterro, em Casa Branca - SP, onde ajudava o pároco.  As forças que lhe restavam nos últimos tempos de vida foram marcadas pela enfermidade. De férias na Fazenda Santana, sentiu-se mal, foi levado ao Hospital em Campinas, cidade onde faleceu no dia 22 de novembro de 2005. Seu corpo foi transladado para Livramento e sepultado na frente do altar-mor da Catedral, sua igreja por 36 anos.  Grande de estatura e maior ainda de envergadura moral, espiritual e intelectual, com 78 anos completos, foi ao encontro definitivo do Pai, deixando exemplos de uma vida dedicada a Deus e à Igreja, vivida na fé e no serviço generoso ao povo confiado aos seus cuidados de Pastor.

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