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BLOG: Padre por que
colecionar corujas se existem tantas outras opções?
Padre Ademário: Olha
acho que esse desejo de colecionar corujas se deu devido eu ter cursado
Filosofia, sendo a coruja o símbolo da sabedoria e a Filosofia a Ciência que
busca indagar a respeito das coisas, do mundo e de Deus... acabei me
apaixonando por corujas (Risos)
Blog: Há quando tempo o
senhor coleciona corujas e quantas tem?
Padre Ademário: Eu
comecei a colecionar corujas desde 1997 quando comecei o curso de Filosofia e
daí pra cá venho sempre comprando e ganhando. Acredito que hoje tenho mais de
duzentas corujas.
Blog: Mas porque a
coruja é o símbolo da sabedoria?
Padre Ademário: Sim porque a coruja não dorme,
está sempre atenta e ainda é capaz de girar a cabeça quase 360 graus. Também
Por influência da mitologia grega, tanto que Atena, deusa da guerra e da sabedoria,
tinha uma coruja como mascote. Os gregos consideravam a noite como o momento do
pensamento filosófico e da revelação intelectual e a coruja, por ser uma ave noturna, acabou representando essa busca pelo saber. Há ainda uma outra
explicação para tal relação, da qual, certamente, o animal
não se orgulharia tanto. Com seus olhos grandes e desproporcionais, a coruja se
tornou também símbolo da feiúra. Numa língua nórdica antiga, ela era chamada de
ugla, palavra que imitava o som emitido pela ave e
que daria origem ao termo ugly, "feio" em inglês. "Assim, a
coruja segue o estereótipo do sábio, que geralmente é tido como alguém mais
preocupado com as divagações interiores que com a aparência externa", diz
o helenista (estudioso da civilização grega) Antônio Medina Rodrigues, da
Universidade de São Paulo (USP). Mas não foi em todas as culturas que o animal
se transformou em símbolo de inteligência.
No Império Romano, por exemplo, a ave era
considerada agourenta e seu canto anunciaria a proximidade da morte. Além
disso, outros animais também foram usados em civilizações diferentes para
representar a sabedoria, como a tartaruga para os chineses e o salmão para
os celtas.
Blog: O que mais o
senhor poderia dizer sobre a coruja dentro do “mundo da Filosofia”?
Padre Ademário: As aves, por serem
consideradas os seres mais próximos dos deuses, foram, conforme suas
características e atribuições, associadas a eles. A soberana águia acompanhava
o poderoso Zeus, o imponente pavão, sua consorte e protetora dos amores
legítimos: a deusa Hera. À atenta coruja coube a companhia da sábia Athena. Vemos a imagem da coruja,
símbolo de uma vigilância constantemente alerta, nas mais antigas moedas
atenienses. A coruja, em grego gláuks “brilhante, cintilante”, enxerga nas
trevas. Um dos epítetos de Athena é “a de olhos gláucos” (esverdeados). Em latim é Noctua, “ave da
noite”. Noturna, relacionada com a lua, a coruja incorpora o oposto solar.
Observem que Atena é irmã de Apollo (Sol). É símbolo da reflexão, do
conhecimento racional aliado ao intuitivo que permite dominar as trevas. Apesar
de haver uma forte associação desta ave à escuridão e a sentimentos tenebrosos,
o que é natural a um ser noturno, o fato de ela ter sido (devido a suas
específicas características) atribuída à deusa Athena também a tornou símbolo
do conhecimento e da sabedoria para muitos povos. A coruja é uma excelente
conhecedora dos segredos da noite. Enquanto os homens dormem, ela fica
acordada, de olhos arregalados, banhada pelos raios da sua inspiradora Lua.
Vigiando os cemitérios ou atenta aos cochichos no breu, essa ambaixadora das
trevas sabe tudo o que se passa, tendo-se tornado em muitas culturas uma
profunda e poderosa conhecedora do oculto. Havia uma antiga tradição
segundo a qual quem como carne de coruja participa de seus poderes
divinatórios, de seus dons de previsão e presciência. A coruja tornou-se assim
atributo tradicional dos mânteis, daqueles que praticam a mântica, a arte do
divinatio, da adivinhação, simbolizando-lhes o dom da clarividência. Eis a ave da deusa da
Sabedoria e da Justiça: atenta coruja, cujo pescoço gira 360º, possuidora de
olhos luminosos que, como Zeus, enxergam “O todo”. Devido a todos esses
atributos, a Coruja simboliza também a Filosofia, os Professores e nossa
proposta de Conhecimentos Sem Fronteiras: integrar todas as formas de
conhecimento com o olhar para O Todo.
Blog: Pra terminar
gostaria de acrescentar mais alguma coisa sobre a simbologia da Coruja?
Padre Ademário: Coruja significa brilhante,
cintilante, aquela que enxerga nas trevas, e é um termo de origem grega. As
aves por voar eram consideradas os seres mais próximos dos deuses. Por exemplo,
a águia era companhia de Zeus, a coruja sábia, atenta era a companhia da deusa
grega do saber, Atena, e é considerada o símbolo da sabedoria. Coruja em latim chama Noctua, a ave da noite. A
coruja é o símbolo da reflexão, do conhecimento racional e intuitivo que
permite que ela domine as trevas e é considerado o símbolo do conhecimento e da
sabedoria para muitos povos. Enquanto todos dormem ela fica acordada, de olhos
arregalados, vigilante, atenta aos barulhos da noite, sendo para muitas
culturas uma poderosa e profunda conhecedora do oculto. Havia uma tradição que dizia que quem come carne
de coruja terá condições de adquirir seus dons de previsão e clarividências,
mostrando poderes divinatórios. A coruja quando deseja olhar melhor o objeto de
sua curiosidade consegue girar 270º somente seu pescoço, permanecendo com o
resto do corpo sem o menor movimento. A coruja é também um símbolo dos Escoteiros. A
coruja por ver no escuro é símbolo da sabedoria que atravessa a escuridão da
ignorância, por isso sua ligação com o espírito do escotismo. A coruja é também símbolo da Faculdade de
Filosofia, e da Faculdade de Letras nas universidades brasileiras.
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